domingo, 12 de outubro de 2008

Entrevista no Jornal A Guarda

Dr. Vítor Santos, Presidente do Núcleo Diocesano da Guarda da AMCP

Segue entrevista publicada a 9 de Outubro pelo Jornal A Guarda (http://www.jornalaguarda.com/),
ao qual agradecemos prestável e atenciosa colaboração.

Vítor Santos é o Presidente do Núcleo da Diocese da Guarda, da Associação dos Médicos Católicos Portugueses. Natural de Santa Maria da Feira, reside na Covilhã desde 1983. A Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) é um organismo privado sem fins lucrativos que tem por finalidade congregar os profissionais da medicina que se afirmam católicos e desejam exercer a sua profissão à luz dos princípios evangélicos.

A Guarda: Quem é Vítor Santos?

Vítor Santos: Excelente pergunta esta “ quem sou eu?”, à qual podemos responder por excesso ou por defeito por depender em muito de quem nos lê ou ouve.
Para quem lê, nasci em 1957 em terras de Sta. Maria da Feira e rumei em 1983 para a Covilhã por razões do coração onde resido actualmente.
Mas vale a pena reflectirmos em quem somos pois é a pergunta que se coloca a todo o homem e cuja resposta pode ajudar a dar sentido à nossa vida e a saber de onde vimos e para onde vamos

A Guarda: Qual a sua ligação à Diocese da Guarda?

Vítor Santos: Nasci no meio cristão. Ainda muito jovem, na busca do transcendente e do sentido para a vida encontrei Jesus Cristo e aderi à sua mensagem.
Por isso posso afirmar que sou cristão e mesmo nas minhas dificuldades e erros tento pôr em prática a radicalidade da vida cristã e dar testemunho d’Ele. A Fé é individual num encontro pessoal com Cristo, com Deus, mas vive-se a mesma Fé em comunidade. Frequento por isso uma Paróquia, de S. Pedro com sede na Igreja de S. Tiago na Covilhã. Nela participo activamente colocando-me ao seu serviço quer nas CVX (Comunidade de Vida Cristã) quer no CPM (Centro de Preparação para o Matrimónio) na Equipa loca da Covilhã e tendo exercido durante alguns anos funções na Equipa Diocesana da Guarda do CPM.

A Guarda: Qual a sua ocupação profissional?

Vítor Santos: Médico da carreira de Medicina Geral e Familiar.

A Guarda: Quais os locais onde já exerceu a sua profissão?

Vítor Santos: Após o Internato Geral no Hospital da Covilhã ingressei na Carreira de Medicina Geral desenvolvendo a minha profissão no Centro de Saúde da Covilhã e Centro Hospitalar Cova da Beira. É nestes locais que exerço em exclusividade a minha actividade clínica e onde continuo a aprender e a ensinar como Professor convidado na Faculdade de Medicina.
Complementa a minha actividade, dando-lhe até vitalidade, actividades voluntárias exercidas na comunidade como por exemplo participar como Professor na Academia Sénior da Covilhã e colaborar num programa da Rádio Cova da Beira chamado Idade Maior.

A Guarda: O que é a Associação dos Médicos Católicos Portugueses?

Vítor Santos: Vou citar o que se pode encontrar na pagina Web da Associação onde se afirma ser” um organismo privado sem fins lucrativos que tem por finalidade congregar os profissionais da medicina que se afirmam católicos e desejam exercer a sua profissão à luz dos princípios evangélicos.
A Guarda: Quais os principais objectivos duma associação desta natureza?

Vítor Santos: Tem por finalidade a definição e a difusão de princípios orientadores das actividades ligadas a saúde à luz da fé cristã, partindo da análise dos problemas que derivam do exercício concreto da medicina nos quais incide a reflexão e se fundamenta a experiência dos seus associados.

A Guarda: Quem é que pode fazer parte desta Associação?

Vítor Santos: Podem ser sócios da AMCP todos os médicos portugueses que o requeiram, sejam propostos e aceitem os objectivos e a índole da associação.
Assim, serão associados os médicos que desejem participar na prossecução dos objectivos da AMCP, isto é, que desejem reflectir à luz do Evangelho nos problemas do exercício da profissão dos médicos e estejam interessados em encontrar e difundir um espaço de reflexão e de oração comuns.

A Guarda: Quantos sócios fazem parte do Núcleo da Diocese da Guarda?

Vítor Santos: Uma dúzia. 12 é um número que nos dá esperança por ser simbólico.

A Guarda: Quais as principais actividades que o Núcleo da Diocese da Guarda tem promovido?

Vítor Santos: O Núcleo nasceu há 3 meses. Somos recém-nascidos e à semelhança destes vamos crescer. A nossa preocupação inicial é dar-nos a conhecer aos colegas e à comunidade. Para o efeito organizamos o Encontro Anima sana in corpore sano que vai decorrer no próximo dia 10 de Outubro na Sala da Assembleia Municipal da Guarda com entrada livre a toda a comunidade. Este encontro decorrerá das 9:30 às 16:30

A Guarda: Qual a posição do Núcleo em relação a temas como o aborto e a eutanásia?

Vítor Santos: É um Não sem hesitação. E quando afirmamos que estamos do lado da vida, não é demagogia pois é mais difícil o caminho do não porque nos compromete a estarmos ao lado dos que sofrem, dos que passam dificuldades ajudando a encontrar caminhos.

A Guarda: Considera que a Beira Interior está bem servida em relação a profissionais de saúde?

Vítor Santos: Não sei responder a esta questão. Sempre achamos de menos. O certo é que quando comparamos com outros países o nosso ratio é até muito bom.
O que acontece é estarmos mal distribuídos. Tenho esperança que a Faculdade de Medicina da UBI tem contribuído para chamar mais profissionais e unir as estruturas locais de Saúde

A Guarda: E em relação a equipamentos públicos de saúde?

Vítor Santos: Tem vindo a crescer e é muito bom verificarmos que os meios complementares de diagnóstico estão cada vez mais próximos e acessíveis à comunidade. É também bom ver surgir estruturas capazes de dar resposta às necessidades das populações sobretudo dos mais idosos, que continuam a ser os nossos pioneiros, aqueles que vão à nossa frente e nos ajudam a preparar o nosso futuro.

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